A endometriose é uma doença crônica inflamatória que se caracteriza pelo crescimento do endotélio fora da cavidade uterina, assim as portadores sofrem com intensas dores, sangramentos anormais e possível infertilidade, Dependendo da intensidade dos sintomas a doença pode afetar o psicológico, a vida social, o trabalho e o estilo de vida da mulher. A origem da endometriose ainda não é conhecida, mas estudos mostram que envolve fatores genéticos, anatômicos e imunológicos, e a doença pode ser modulada pelos fatores ambientais (alimentação, sedentarismo e disruptores endócrinos).

      Existem três formas diferentes de endometriose. A peritoneal, onde os sintomas são leves ou inexistentes e não há progressão da doença. O cisto de endometriose ovariana, há a presença de endometriomas não aderidos, nessa forma a sintomatologia é moderada. A última e mais grave é a endometriose infiltrativa, nela há bloqueio total pélvico, infiltração no útero, intestino e septo vaginal. Devido a essa variedade de apresentação da doença o diagnóstico muitas vezes pode ser tardio e consequentemente atraso no tratamento.

      O tratamento comum para a endometriose consiste em cirurgias para cauterização ou remoção completa dos focos endometriais, e muitas vezes a utilização de medicamentos como anticoncepcionais, para cessar a menstruação e assim prevenir a formação de novos focos, visto que dessa forma não há ovulação e o endométrio não se descasca para a menstruação e nem muda de espessura. Porém esse tipo de tratamento além de serem procedimentos muito invasivos, não tratam a real causa do problema, então só se lida com as consequências e não com a raiz da doença.

    Sabemos que a alimentação adequada é uma grande aliada à saúde, prevenindo doenças crônicas, melhorando estados patológicos e trazendo maior qualidade de vida ao indivíduo.

     Diferentes estudos vêm demonstrando a influência da alimentação na melhora ou agravamento da endometriose. Assim resulta-se nos seguintes dados: o consumo de carnes vermelhas de forma frequente, gorduras animais, gorduras trans, vitamina B12, ferro heme (todos esses derivados da carne vermelha) pioram os quadros de endometriose causando maior inflamação sistêmica e aumento da formação dos focos; Em contrapartida, consumir laticínios, ômega-3, vitamina B1, folato, vitamina C, vitamina E, apresentaram um fator protetor a endometriose.

     Considerando quão invasivos podem ser os tratamentos comuns e como a doença pode afetar a vida e a saúde da mulher, se faz mais do que necessário a intervenção nutricional para auxiliar na qualidade de vida da mulher.

Referência: DE PINHO CHALUB, Juliana; DE CASTRO LEÃO, Natânia Silvério; DA COSTA MAYNARD, Dayanne. Investigação sobre os aspectos nutricionais relacionados à endometriose. Research, Society and Development, v. 9, n. 11, p. e65591110215-e65591110215, 2020.

Link para acesso: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/10215/9206

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